Uma
vez, não tão longe, eu achei que você viria a cavalo de um lugar muito distante
e que, quando chegasse até a mim, me pegaria em seus braços e me colocaria no cavalo e partiríamos. Eu
costumava sonhar com todos os casais das novelas mexicanas, com seus ardores
transparecendo à flor da pele, a paixão arraigada através dos olhos, demonstrando
amor. Com aquele medo costumeiro de perder um ao outro. Eu sempre sonhei com você de várias formas, sabores, cheiros... Foram
tanto sonhos. E um deles me mostrou que você existe.
Uma
vez que me aprisionei em seus sentidos tão claros junto a mim, sabia que, não
importava qual lugar fosse, mas eu o encontraria uma vez na vida. Eu sempre
tive uma ideia de que você seria a minha salvação, que me tiraria desse mundo
tão normal e tão cheio de hipocrisia e me pegaria pelos braços me levando para
longe. E esse lugar seria só nosso. Teríamos as árvores, os pássaros, a solidez
de nossa própria presença. Só nossa.
Eu
sempre o tive dentro de mim, era como um alicerce. Eu poderia ter dias de
tristezas, embora eu não consiga guardar e nem sei como é a depressão. Visto
que nunca pude comprovar o que é a depressão, pois um sorriso conversava
comigo, me pedindo licença para aparecer em meus lábios e pronto, tudo sumia. E
lá estava você, em meus pensamentos novamente, sem eu saber como você é de
fato. Todavia, isso nunca me importou. Só me importava a sua existência.
No
fundo do meu coração, sempre senti que você estava lá, me fazendo companhia
quando a dúvida impregnava minha mente. As lágrimas se esfregavam, bem dizer,
em meu rosto sensível, à medida que eu deixava aqueles sentimentos saírem de
mim para o alívio da minha alma. Além disso, a saudade que eu sentia de você
sem ao menos o ter, me pegava tão depressa, isso não durava muito, mas o tempo
que durava era tão eterno. Parecia de verdade que seus braços estavam ali me
abraçando, afagando meus cabelos e dizendo que tudo ia acabar bem.
A
sua essência era o meu conforto, o meu momento de silêncio, a minha
meditação das horas do meus eus em autoconhecimento. Você sempre esteve ali, e
como uma louca aos olhos dos outros, eu falava com você como se fosse alguém
mais importante do mundo. Você era o meu tudo em quase todos os espaços que eu
tinha para pensar, não só, entre os meus sentimento. Você não era um problema e sim
uma resolução.
Em
muitos momentos eu me sentia fraca, eu lhe pegava e colocava para me cantar uma
música linda, só para nos dois, para que sua voz doce me distraísse do mundo
humano que me cansava. Você era a voz que dizia que ia dar tudo certo, que tudo
era uma fase, que nada duraria para sempre e que as respostas não estavam nos
livros e sim, dentro de mim.
Eu
te amo tanto meu pequê. Você é uma luz alcançável e isso me conforta. Mas também, é meu tudo quando me sinto um
nada. E é mais que tudo isso, é aquilo que eu ainda não sei explicar com
palavras humanas. Pois, a explicação que tenho vem de meus sentidos limitados,
mas sei que há algo lindo e grande que movimenta as nossas almas, e nos faz ficar
no mesmo lugar. As estrelas me mostraram você, e por obra da vida você também é
uma estrela, da qual elas me mostraram, por isso brilhas tanto dentro de mim.
Logo, o que sentimos é muito mais importante do que aquilo que vemos.
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