quarta-feira, 1 de junho de 2016

Devaneios de outrora com o agora





Eu nunca acreditei em promessas, pois sei da responsabilidade de uma, e como vivo num planeta errante, qualquer um pode mudar de ideia ou acontecer de ter um imprevisto. Nunca fiquei esperando por alguma coisa desse tipo. Minha mente e meus pés sempre foram no chão, e por mais sonhadora que eu seja, prefiro viver na luz da realidade possível (momentânea), por isso tanta resignação.

A meu ver não se deve prometer nada quando a felicidade sublima a alma, e nem quando a raiva supera o ódio, no jogo de emoções tudo pode ser perigoso. E eu tô na fase em que deixo tudo como está, mas não me calo mais diante de tanto mar egocêntrico que emana de almas tão doentes ao meu redor. Eu tento fechar os olhos, mas às vezes, mesmo fechados eu mal posso respirar.

Há tempos não dava importância aos meus sentimentos no olhar alheio, me distanciava tanto de mim que por instantes não me percebia. Percebia somente a necessidade das outras pessoas que estavam ao meu redor, devido à grande necessidade de ser altruísta. Eu sempre achei que tinha nascido para ajudar as pessoas. Ainda acho isso, todavia há condições.

Pois bem, me tornei uma psicóloga. É, uma daquelas que tem sempre uma luz para trazer ao olhos que choram, um conforto. Já me chamaram até de iluminada. Mas, como todo ser humano, eu também precisava desabafar. Eu tenho a minha luz, e nunca quis a dos outros, e minha fala sempre foi sincera. Vejo muito medo nas pessoas. Principalmente de ser quem elas querem. E eu, por não ter medo de ser quem eu sou, talvez cause essa inveja que todos os médiuns me falam. Tô acabada. Preciso correr para Deus mais do que antes, alcançar a infinitude de Sua energia universal e me preencher de esperanças. O mundo tá caótico, e como eu já disse, mal posso respirar.

O meu consolo eterno é ter na escrita a minha melhor fuga da realidade. Escrevo o que quero, e o que vier à minha mente. Não só pela tecnologia que hoje me distrai um pouco, mas por todos os lugares que vejo onde eu posso escrever. Porém, ultimamente, não senti mais vontade de expurgar pela escrita o que sento, em sentido metafórico, em minhas poesias no meu blog Amor poesias e mais palavras que amo, pois quando o criei foi para que ele cuidasse de mim.

Seria um motivo de tristeza se eu não soubesse o que fazer com minha vida, mas eu sei, e por quais caminhos seguir. E agora tenho mais responsabilidades. Por mais saudades de um "antes" que volta e meia me enche os pensamentos e eu de verdade devaneio.

Eu sei que tudo passa, e isso é uma das poucas coisas que me consolam. Não quero ser tanto mais do alheio agora, quero ser um pouco de mim. O que vejo em todo esse sentido é um aglomerado de energia disposta, para uma meditação que por vezes se subtrai, ao invés de somar.

Eu quero me afogar no novo que vem por aí, e cedo ou tarde a mudança vai afetar àqueles que menos a querem. Nada fica no mesmo lugar, os tempos do agora são pesados, porque há muita luta com o próprio eu. Sim, é o que está acontecendo.

Os céticos vão ser obrigados a acreditar na vida a pós a morte, e que Deus está em toda parte.