segunda-feira, 31 de março de 2014

O Zé encrenca



Ele vagava pelas ruas das ilusões, com vestimentas de orgulho ferido; egos evasivos. Era o tipo de pessoa avessa às mudanças e, que somente o vento da morte era soprado aos seus ouvidos. O sujeito tinha a visão distorcida e passeava pelas suas verdades inventadas. Além disso, essas verdades não verdadeiras eram os alimentos, para seus tantos egos desconhecidos e esfomeados.

E todos os dias ele inventava uma encrenca, e foi apelidado pelas pessoas de Zé encrenca. Adorava dizer que sabia de tudo sem ao menos saber. Acordava cedo resmungando porque tinha que trabalhar, e voltava para casa porque estava cansado, ainda que a criatura divagasse pelas ruelas da sua fé cega, tentando convencer os outros do que ele havia criado.

O Zé encrenca arranjava confusão com todas as pessoas que conhecia, morava sozinho, na sua completa solidão. Mas não era por opção, era porque ninguém o aguentava. O sujeito reclamava até se uma pedra tombasse seu caminho, e seria capaz de amaldiçoar a coitada da pedra por ser um ser inanimado e também, por existir.

Ele fazia um fuzuê se alguém ousasse dizer que ele estava errado em alguma coisa, afastava facilmente as pessoas do seu convívio, pois sua língua era venenosa e sem freio. Era egocentrismo puro, e sempre agia por interesse, nunca dava nada a ninguém, só queria receber. Mas também, seu histórico de vida era mais congelado que Freezer. E, o Zé tinha seus sentimentos lá dentro, congelados, visto que ninguém conseguia compreender o motivo de tanta ruindade numa pessoa só.

Certo dia, Zé encrenca, concentrado em seu trabalho viu passar uma mulher que chamou sua atenção por estar chorando, ela levava os dedos nos olhos para tirar lágrimas, distraído com a situação cortou o dedo com a ferramenta 
que estava usando e gritou. A mulher nem o havia notado, logo desapareceu. Zé encrenca foi ao Hospital e levou alguns pontos e teve que ficar alguns dias afastados.

Na manhã seguinte, assustou-se quando acordou mais tarde e vendo o horário no despertador, levantou-se rápido, mas quando olhou para o dedo lembrou-se que não podia ir trabalhar. Sentiu de leve uma alegria por não ter que ir fazer o esforço que tanto reclamava. Vida de malandro era com ele mesmo.

À medida que os dias iam passando, ele ia se sentindo mais solitário do que já era. Olhava o telefone e sabia que não tinha ninguém para ligar e muito menos de receber ligações. Não sabia mexer na internet, embora tivesse um computador, só para dizer aos outros que também tinha um, mal sabia usar o teclado, quanto mais escrever alguma coisa. 

Na rua ele tinha com quem brigar, arranjar discussão. Mas, em casa, sozinho, com quem ele ia brigar? Sua vida já era uma anarquia, ficou pior depois que a sua facilidade de melindrar não servia para nada. Afundou-se no sofá e dormiu.

Zé encrenca também sonhava, mas seus sonhos não eram bons, às vezes ele tinha pesadelos. Não era de falar de emoções, mas elas apareciam em seus sonhos para lhe afrontar, uma vez que era isso o reflexo do seu dia a dia, ele só atraía pessoas de má índole. E sonhou que estava brigando com alguém muito mais forte, levara uma surra e acordou sentindo seu pescoço doer e uma sensação de ter areia na garganta. Ficou assustado em demasia e ainda era de tarde, era o quinto dia em casa.

A noite adentrou o recinto e o vento frio veio com tudo. Zé encrenca tentou preparar uma sopa, deixou a TV ligada para distrair sua mente com as notícias e ouviu que um homem muito perigoso havia destruído a vida de uma família inteira, porque era desequilibrado, que a polícia estava o procurando, já que o sujeito estava fugindo, e ainda, a polícia alertava, mostrando a foto dele, que o homem tinha histórico de esquizofrenia, bipolaridade. Nesse momento, a porta sofreu um estrondo, que deveria ter sido o vento, já que ele morava numa casa de madeira bem modesta e, Zé assustou-se, e cortou de leve o outro dedo.

- Ah que merda!

Algo estremeceu dentro dele, quando o medo adentrava sua mente ele ficava em pânico, em alerta, com receio de dormir e ser levado pelas forças do mal. Ao pensar em tudo isso, foi ao quarto fazer um curativo para seu dedo cortado. Resmungou alguma coisa para si e voltou à cozinha. Terminou a sopa, comeu e sentou-se no sofá. Continuou a ver TV, e sentiu um vazio o consumir.

A melancolia ultrapassou Zé encrenca quando percebeu que o mundo não era do jeito que ele pensava. A TV conversou bastante com ele, mostrando imagens, histórias, propagandas que tocara ele de um jeito bruto, arrombando a porta que ele havia fechado dentro de si. O pai dele na infância disse que ele era um nada porque nunca obedecia, era rebelde, ele cresceu com essa mensagem na cabeça. Ninguém conhecia a história de Zé, ele não deixava.

Zé adormeceu no sofá, e logo veio mais pesadelos. Figuras horrendas faziam-no de escravo, e surravam-no com maior gosto. Puseram fogo num monte de madeira e jogaram ele. Zé acordou sentindo dores e sensação de estar queimado, com muito calor. Levantou, olhou-se no espelho e não havia marcas. Tudo ainda estava registrado em sua memória e foi aí que Zé pediu ajuda.

Ajoelhou-se de frente ao sofá, juntou as palmas das mãos e fez uma oração, pedindo para que isso terminasse. Em seguida, em meia hora caiu em sono profundo. No dia seguinte, ao acordar, sentiu que havia descansado bastante e não teve pesadelos. Ele havia gostado do resultado e prometeu orar todas as noites antes de dormir.

Zé acordou disposto no dia de começar a trabalhar, os dedo já estavam bons, haviam curado rápido. No caminho, as mesmas pessoas que ele gostava de afrontar o acharam diferente. 

- Ei Zé, o seu dedo está melhor?

Ele quase respondeu com má educação, mas segurou as palavras e deu um ok com o polegar e foi em frente. Estava com vontade de não se incomodar, pois agora havia descoberto que podia dormir bem. Foi comprar um café ao lado da banca de revista, deu uma golada e o café estava sem açúcar, sua língua não ficou quieta e ele tratou mal a atendente. Estava com raiva. Ela pediu desculpa e disse que esqueceu, teve uma noite ruim.

- O que eu tenho com isso garota? Você é paga para isso! Faça seu trabalho direito, espero que isso não aconteça mais, pois seu chefe vai saber que você não é boa o suficiente para estar aí.

Zé fez a garota chorar, fechou a cara e saiu. Havia outras pessoas que olharam para ele com desgosto, e ele nem sequer pediu desculpas. A maioria das pessoas ali já o conheciam, principalmente a garota, pois ele tomava café todo dia lá.

Uma vez Zé encrenca, sempre encrenca. Já era automático maltratar as pessoas, isso era do seu feitio. As pessoas teriam que lutar para colocar amor no coração dele sem desistir, pois ele era o tipo de pessoa que não deixava ser ajudada por achar que estava muito bem sozinho, mas que fundo, necessitava muito, pois ninguém é feliz sozinho. E voltava para casa cada vez mais vazio.

Zé um dia ia cair feio, do que adiantava orar todos os dias se não pensava em modificar o seu jeito de tratar as pessoas? Onde ele ia parar? Às vezes, a maldade é só uma máscara para esconder toda a fragilidade que há por dentro, a fim de não deixá-la à mostra com receio de constrangimento. 

sábado, 22 de março de 2014

Energia boa e ruim

Energia boa e ruim
No instante que você sente que algumas vibrações alteradas em você mesmo, chamando-lhe a atenção, você sabe que há algo errado e sente-se estranho.  E você, às vezes nem sabe o que têm. Acha que está tendo um mal-estar do nada. Você tenta se acalmar e perceber o que está acontecendo. Pois, você estava super bem, de bom humor, trabalhando, estudando, brincando ou fazendo sei lá o quê, e de repente, começa a sentir-se mal. Têm sintomas do tipo: dor de cabeça, corpo parece febril, arrepios, corpo pesado, enjoos e um estado deprimente sem razão; uma certa repulsa que você não sabe do quê e longos períodos de angústia e tensão, juntamente com a ansiedade. 
Todavia, você olha ao redor e percebe que um sujeito está reclamando de algo e está emanando uma nuvem de sentimentos malévolos. Isso não deixa você bem e fica um tanto incômodo, se sentindo sugado. Depois que consegue identificar o problema e vê que é alguém lhe transmitindo energia ruim, sabe porquê está sentindo todos aqueles sintomas.
Os olhos da criatura má choram sem derramar lágrimas, de raiva. Daí, você sente a energia pesada de tantos conflitos internos e percebe o comportamento atordoado. A criatura não acha nada, não sente nada e nem sabe o que está transmitindo. Além disso, o comportamento dela é tão automático que certamente não sabe o que está acontecendo com ela mesma. Mas, você acaba sentindo o que ela esconde,talvez de si mesma. E o indivíduo fica sem freio quanto às suas energias estragadas. E você está tendo a tal da empatia e sem pensar está sintonizando com o que está sendo expulso ou guardado nela. Qualquer barulho lhe faz pular, não de susto e nem de medo, e sim de alerta. Fica tudo um tanto confuso porque você nem sabe mais se está sentindo isso em você ou se é a empatia em ação.
Não ache que é por culpa da sua sensibilidade que você fica assim, não mesmo, é que existem graus de sensibilidades e, elas trabalham junto com o grau moral e intelectual de cada um. Não adianta você ser sensível às suas percepções e não ter uma boa índole, um desprendimento do materialismo; do contrário essas sensações ruins seriam suas, da sua natureza humana mal formada moralmente. E como existe muita maldade na terra, vai saber se você é de origem má ou boa? Ninguém sabe, pergunte ao seu coração e siga a sua intuição para melhorar sempre.
O que fazer então em situações assim? Quando você se sentir sugado por alguém, é sinal de que a criatura sugadora é um vampiro humano, desses que são dependentes da opinião alheia, que precisam de elogios para se sentir bem e não agem sozinhas. São vítimas eternas, sofredoras, pessimistas. Duvidam de tudo o que seja bom e de graça, como simples gestos de amor e carinhos de outrém. São depressivos e ansiosos, e isso só os fazem falar do que ainda lhe faltam e não do que já têm. Estão sempre querendo atenção especial, de todos os que estão em volta e quando não têm o que querem, revoltam-se. E tendem a ter medo de mudanças. Essas são as pessoas que deixa você com os sintomas citados no primeiro parágrafo.
Há as pessoas que têm muita energia nutritiva, e essas nos deixam sempre com uma sensação de bem-estar. Elas são independentes, e não precisam da opinião alheia para se sentirem bem. Elas evitam descarregar seus problemas nos outros, porque sabem muito bem que cada um já tem o seu o suficiente e que o sofrimento de cada um é assunto particula. Além disso, são otimistas, generosas, respeitosas, não invadem o espaço de ninguém e, estão sempre à disposição se alguém precisar de ajuda. Essas não se prendem aos bens materiais e nem às pessoas. E o mais importante, aceitam os outros como são sem desejar mudá-los, seria entender que cada um modifica aquilo que acha deve mudar em si. Também, administram as suas vidas por si só, por isso o livre arbítrio.
Para que você não se sinta mais sugado dessa forma - no caso quando ajudamos as pessoas acabamos nos envolvendo com energia dela, às vezes é ruim, quando é necessário ajudar, no entanto, elas absorvem a sua energia e mandam as inflamadas que têm, e você fica se sentindo lesado -, e ficar nessa siruação esmagadora e tensa, vá num lugar sossegado - pode ser o banheiro, ali ninguém vai estar com você - e feche os olhos. Respire profundamente e faça o seguinte:
Imagine a pessoa que está lhe mandando as energias ruins, e sugando a sua, com uma luz branca em volta dela, para que ela amenize a ansiedade e a pressa de continuar lhe sugando, e depois diga dentro da sua mente com firmeza: - Eu não quero nada de você, o que é seu é seu, o que é meu é meu. Fico com a minha energia e você com a sua, não quero isso para mim!
E pronto, respire novamente e sinta as energias indo embora de você.
Você sempre será responsável por todas as energias que atrai a sua volta, isso depende de como você está espiritualmente. Então, preste mais atenção às energias que você está irradiando também. Há sempre muitas pessoas a nossa volta, com suas histórias de vidas, traumas, e isso resulta no que elas são, no que se deixaram construir. Às vezes, de forma inconsciente também sugamos as outras pessoas quando estamos em estado depressivo ou triste, em nossa rotina, pois nem todos os dias são flores. Apesar de que têm pessoas que são mais sugadoras porque são dependentes de quase tudo e todos e, as nutritivas, que irradiam um mar de sensações tão boas que sentimos vontade de ficar perto delas sempre. Elas veem com mais frequência o lado bom da vida e encaram a vida como ela é sem as reclamações constantes o tempo todo.
Cuide de sua energia e cuide também com a que você está transmitindo, ela é a sua carga para continuar a viver. Quanto mais saudável seus pensamentos e suas atitudes forem, mais ela será benéfica a você e às pessoas do seu convívio. Em outras palavras, você é o que você irradia, você é as suas ações. É o seu comportamento que lhe denuncia muito mais do que suas palavras. 
Pense em tudo isso!
Boas energias! 
Boas energias

sexta-feira, 21 de março de 2014

Legalizada ou não, o Brasil têm outras necessidades


Há muitas necessidades que ressaltam urgência em nosso país, o Brasil. E "eles", que estão entre as cabeças pensantes do poder, ainda se preocupam em legalizar ou não uma droga que já é existente pelas ruelas das cidades do país, e que também, já soma uma quantidade suficiente de usuários para mostrarem o quão liberada ela é.

Se criam leis contra as drogas, por que legalizar mais uma? O tabaco e o álcool abusivo já não são incentivadores ao declínio da saúde? Milhões de pessoas morrem por causa deles anualmente. Querem ajudar a aumentar o número de mortes por ano? E os impostos, para onde iriam senão para lugares errados? Terão que gastar o dinheiro nessa droga - milhões que são desviados - que ainda faltam para investir no que está carente no Brasil.

Onde estão focados os olhos deles? Não é na educação, nem na saúde, muito menos na segurança e tampouco no transporte coletivo. Essas opções parecem carecer eternamente de um olhar mais amoroso e cuidadoso, porque não há vestígio de acrescentamento com frequência, no investimento material deles. Do que adianta legalizar o uso da planta, mover rios de dinheiro, se o Brasil têm muitas obras somente na linguagem oral, e outras pela metade com auxílio de promessas não cumpridas para terminá-las? E como ainda investir em uma droga? Que benefício ela vai trazer? 

Há tantas pessoas que morrem no corredor de hospitais públicos, sem recursos, que permanecem à espera da esperança, em cantos precários que o lugar oferece. Imagine que os usuários da planta são internados em clínicas especializadas, pagas, podendo o dinheiro da família - por vezes suado - ser investido em cultura, esporte ou lazer. Como será o futuro então com mais usuários? Por que se for liberada há a possibilidade de pessoas que não usam, usar: as crianças e os jovens de hoje.

As escolas públicas estão com situações precárias na estrurura, e que necessitam de reparos para que os alunos possam ter um ambiente em melhores condições para seus aprendizados. Mas e "Eles"? Não ligam para isso! Todavia, se os possíveis problemas de memória, aprendizado, depressão, ansiedade aparecerem, - como um efeito da planta - irão mostrar nos noticiários e isso cairá nos ouvidos "deles". Sem falar de um possível câncer. Não seriam antagonistas dos estudantes? Acho que sim.

São muitas mentes vazias por aí, abertas às influências de má fé. A questão não é deixar os usuários felizes ao uso livre ou não e, muito menos incentivar o uso de forma legal, e sim, é a de dar importância ao que precisa de atenção! E quem vai impedir o uso da maconha, se a planta já existe bem antes de todos que estão na frente no poder? Vão continuar usando legalizada ou não.

Têm muitos aí interessados em conhecer o mundo, em estudar e fazer parte de projetos educativos. Mas isso não chama atenção para investidores. Têm muitos projetos não vistos, que trabalham muito para que crianças e jovens não entrem no mundo das drogas. Se ela for legalizada, não será um empecilho no trabalho de quem quer ajudá-los a sair desse mundo?

E “eles” pensando em deixar o Brasil mais pesado do que já é. Mais entregue ao inútil. Mais liberto à criminalidade. Como isso incentivaria na educação? O que os professores pensam disso? Que a nação que vivem é claramente governada por mentes imaturas, sem olhar o próximo como importante. É de pessoas e vidas que estamos tratando, e não de seres inanimados!

Logo, estaríamos conseguindo lutar por um Brasil melhor, com a presença de mais um possível vício entre a humanidade, com previsão de conflitos familiares e, talvez mais algumas mortes? Como acabar com a criminalidade se querem a incentivar ainda mais? Não há freio nas mentes que não pensam com inteligência, pois estarão procurando respostas em lugares que não darão as certas. Quando isso vai ter fim?

O que você quer Brasil? 

sábado, 15 de março de 2014

Sobre os homens



Eu sempre gostei de escrever poesias. Mas, fui desafiada a escrever em prosa sobre um tema que não costumo escrever muito, mas veio à tona e também, eu não me importo de escrever sobre, até porque eu amo o assunto e, gostei do desafio. O tema é simples: homens.

Pensando no meu senso crítico afinado e observador eu tenho o costume de analisar as pessoas – meu verbo sempre foi o Analisar – desde quando eu era uma simples criança inocente querendo tocar o mundo com vários porquês na cabeça e isso faz parte da minha personalidade desde então. Aprendi a captar a energia das criaturas e fazer uma leitura corporal; não tenho sucesso 100%, pois, às vezes, tem pessoas que a leitura é difícil - muitas portas trancadas por dentro -, outras não, mas eu sempre extraio alguma coisa. E foi assim que conheci um pouco da essência masculina.

Com o passar dos anos, eu me familiarizei com os homens; sempre tive amizade facilmente com eles, talvez por que eu fora criada com três irmãos, com suas personalidades diferentes, ainda isso me ajudou quando tive meu primeiro namorado. Eu tenho muitos primos homens também – sou de família grande – e isso me levou a conviver com eles desde sempre. Brinquei de quase todas as atividades masculinas quando pequena, e nessas atividades eu ficava mais tempo com os meninos. Nunca gostei de brincar de boneca, nunca me interessei por elas. A diferença era que eu amava mais que tudo um caderno e um lápis, só.

Aprendi muita coisa sobre o universo masculino. Assim como nós mulheres temos nossos valores na sociedade e na vida particular, os homens também têm, ambos somos, em suma, importantes. Já vou dizendo que não sou boa em julgar, não hoje e sim fazer críticas.

Há homens e garotos; maduros e imaturos, racionais e emocionais, os que tem só corpo e outros que só tem mente; os que não falam e os que falam, os tímidos e os galanteadores. Enfim, esse universo é maravilhoso. Eu amo os homens!

Tem homens que são donos de testosteronas dançantes que fazem questão de exibir, esses são galanteadores, bons de papo, às vezes com conversas bem maduras. Mesmo que de forma inconsciente ou consciente. Os imaturos deveriam respeitar o seu amadurecimento, tudo bem que cada um tem sua linha do tempo para amadurecer, só é feio para esses quando abrem a boca para falar besteira, não pensam no que virá depois. Esses só atraem mulheres interesseiras ou ingênuas.

Tem homens que são mais sentimentais, choram mais em alguns casos. Outros não procuram demonstrar nada de sentimentos visto que têm o receio de expor qualquer coisa que seja nesse aspecto, com medo de invasão. E ficam sem palavras, já que talvez tendam a ter a imagem de fracos e vulneráveis. Quando percebem o que está acontecendo, por exemplo, diminuem a intensidade emocional para não ter o problema de alguém ver. Eles tendem a cair em depressão mais facilmente porque são mais fechados em relação às emoções. E por esse motivo é que sofrem mais, à medida que as reprimem, ao contrário de nós mulheres, que quando falamos de emoções com alguém já nos sentimos aliviadas e, por vezes, o assunto já cessa ali.

Tem aqueles que tendem a focar em só em soluções. A princípio o homem foi a cabeça pensante em tempos remotos, tomava frente em relação à filosofia, ciência e religião. Eles tomavam as decisões pela família, trabalhava para a subsistência dos membros. Enquanto as mulheres ficavam em casa; costurando, cozinhando, limpando a casa, cuidando do filho, e ainda tinham que cuidar delas mesmas, pois não trabalhavam fora. Já eram multitarefa.

O homem competia no mercado de trabalho junto de outros com os mesmos interesses: o poder. Alguns acordavam cedo só para ir trabalhar, jogar conversas sobre negócios, usar um pouco o raciocínio, coçar o saco e voltar para casa... Essas coisas que eles mais fazem até nos dias de hoje.

Em falar de assuntos domésticos, eles estão bem melhores que antigamente. Tem aqueles que cozinham; sabem como limpar uma casa, lavar roupa, e outras tarefas domésticas com primor. Eu conheço alguns homens que são assim e aplaudo para eles pela iniciativa. Esses dias eu recebi uma visita de um amigo que amo muito. Fiz o almoço para nós, ele levantou-se e foi recolhendo a louça e lavou tudo. Não me surpreendi, pois sei que hoje os homens fazem de boa os serviços que as mulheres estão acostumadas a fazer - segundo a história da humanidade e a tradição que permeia – e agradeci. Só não tirei foto porque ele é tímido – é outra característica que eu vejo com muito gosto nos homens – pois, achei o cenário bonito. Mas ainda há aqueles que esperam nós fazermos todo o trabalho doméstico, sendo que trabalhamos, contando que, muitas de nós temos a parte materna. Eles fazem as refeições e não levantam o prato da mesa, são sedentários e não cuidam do corpo e nem da alma. Esses são os tipos que enraizaram e continuam machistas. E nem em uma vida inteira essas criaturas conseguiriam saber o que é sabão em pó.

Hoje os tempos mudaram. Os homens, já não são só eles que decidem na sociedade. Mas isso varia de homem para homem, contando com a visão de mundo, o estado moral da criatura, e o nível intelectual, que embora seja mais lógico pela facilidade de focar em uma coisa só, eles disputam com as mulheres no hoje. E agora tendem a dividir esse lugar com nós. Trabalhamos fora, fazemos faculdade, e temos oportunidades boas.  Muitas de nós somos as cabeças da família e vivemos uma vida multi.

Para finalizar, eu vejo os homens como essências e não como corpos que andam por aí com suas testosteronas que perambulam soltas. Acho importante e interessante quando cuidam de sua aparência e são mentes abertas, prontas para aprender. Algumas pessoas estão acostumadas a ver a aparência em primeiro lugar e depois a essência. Todavia, eles que têm de se sentirem bem consigo mesmos. Pois, cada um é singular, é dono de sua individualidade e cada uma de nós mulheres nos atraímos por essas características.

É muito gostoso conhecer a essência dos homens; eu tive namorados incríveis e outros, sem comentários. Mas aprendi muito com eles, também ensinei, sempre há uma troca. Eles são focados quando querem, são inteligentes quando querem, são agradáveis. E a parte masculina em quesito sensual e sexual é instigante e proveitosa quando eles são verdadeiros consigo mesmo demonstrando isso na prática. E mais perfeito ainda quando sabem usar a mente, o corpo e alma.