sábado, 14 de junho de 2014

E – L – A – S: Regresso da nova cor - Parte I



     Tudo começou com um sentimento novo no ar, ou melhor, uma cor e, era algo que não se sentia e nem se via por aí, nem de vez em quando. Acredito que nunca. E sabe quando falta aquela cor para que teu arco-íris fique completo? Bom, mais ou menos isso. Além disso, são consequências da vida. Ainda que não há nada para ser explicado, porque depois de explicado não tem graça, pois as preliminares são mais motivadoras do que um resultado.
    Fui convidada a fazer uma escolha “amorosa”, sem reprimir nada, nada do que era apresentado. Deixei a minha velha imagem para trás, daquele espelho que eu costumava frequentar às minhas velhas abstrações, e considerei em mim um “eu” que sempre soube que estava aqui, mas que de acordo com as minhas escolhas do passado, esse “eu” estava dormindo e ainda não estava pronto para aparecer. No entanto, ele despertou mais forte e entusiasmado, pois da outra vez veio fraco e aos meus olhos era invisível e ao meu toque, intangível.
    Parei de praticar o autoenfrentamento, tirei as máscaras dos meus egos – os não seres -, e resolvi conhecê-los melhor. Essa nova cor do meu arco-íris me ajudou a entender que eu posso escolher como agir, sempre. No antes eu só agia sem pensar que poderia escolher, mas agora, eu posso cautelosamente respirar e, entrar com a certeza de que a porta larga não é a mais interessante.
     Essa nova cor, que predomina, abrigou os outros eus. Esse eus que, são de fato os adversários internos: sentimentos negativos. Conciliei a terra e o céu dentro do meu universo interior. Aprendi que, é melhor acolher o sentimento negativo e usar a sua energia para a força interior, a afim tornar uma força só, do que contrariá-lo e perder essa oportunidade de ganhar mais energia, em prol do crescimento moral e intelectual. Mas também, não aceitando isso, acaba ficando difícil a ação, reprimindo-os, pois o ego é apenas a ignorância a ser transformada. Por isso, eu não sou eles, eu estou eles.  
   Quando o ego ama a essência ele se transforma em amor. O problema é reprimir os sentimentos para não tê-los. Não adianta de forma alguma me deixar declinar sem ao menos demonstrar uma verdade como consequência. O meu juiz, sou eu mesma. Posso fazer tudo o que eu desejar: pular de paraquedas, nadar em alto mar, ficar em locais fechados, respirar o mesmo  ar bactericida e venenoso dos hipócritas; eu posso fazer tudo isso, desde que eu tire proveito de qualquer experiência que eu tenha.
   E o regresso dessa nova cor só me fez enxergar aquilo que eu estava sempre procurando, e estava dentro de mim. Os males existem, porque alguns deles eu criei e outros, eu resolvi acreditar. E tudo isso era porque eu estava aprisionada dentro de mim, pensando e sentindo com minhas feridas, de acordo com estado momentâneo,  que não valia a pena querer o que eu quero. O que eu quero ainda não tem nome, mas eu sinto que se seguir com essa nova cor em meu coração eu chegarei mais depressa.
   Os meus passos agora seguem às regras da dança, iluminados positivamente de acordo com esse regresso tão primoroso. O mundo pode cair, a tempestade pode durar dias, os choros podem ser os mais tristes, mas agora, eu preciso continuar, há muito o que andar ainda.

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