Tudo começou com um sentimento
novo no ar, ou melhor, uma cor e, era algo que não se sentia e nem se via por
aí, nem de vez em quando. Acredito que nunca. E sabe quando falta aquela cor
para que teu arco-íris fique completo? Bom, mais ou menos isso. Além disso, são
consequências da vida. Ainda que não há nada para ser explicado, porque depois
de explicado não tem graça, pois as preliminares são mais motivadoras do que um
resultado.
Fui convidada a fazer uma
escolha “amorosa”, sem reprimir nada, nada do que era apresentado. Deixei a
minha velha imagem para trás, daquele espelho que eu costumava frequentar às minhas velhas abstrações, e considerei em mim um “eu” que sempre soube que estava aqui, mas
que de acordo com as minhas escolhas do passado, esse “eu” estava dormindo e
ainda não estava pronto para aparecer. No entanto, ele despertou mais forte e
entusiasmado, pois da outra vez veio fraco e aos meus olhos era invisível e ao meu toque, intangível.
Parei de praticar o
autoenfrentamento, tirei as máscaras dos meus egos – os não seres -, e resolvi
conhecê-los melhor. Essa nova cor do meu arco-íris me ajudou a entender que eu
posso escolher como agir, sempre. No antes eu só agia sem pensar que poderia
escolher, mas agora, eu posso cautelosamente respirar e, entrar com a certeza
de que a porta larga não é a mais interessante.
Essa nova cor, que predomina,
abrigou os outros eus. Esse eus que, são de fato os adversários internos:
sentimentos negativos. Conciliei a terra e o céu dentro do meu universo
interior. Aprendi que, é melhor acolher o sentimento negativo e usar a sua
energia para a força interior, a afim tornar uma força só, do que contrariá-lo
e perder essa oportunidade de ganhar mais energia, em prol do crescimento moral
e intelectual. Mas também, não aceitando isso, acaba ficando difícil a ação,
reprimindo-os, pois o ego é apenas a ignorância a ser transformada. Por isso,
eu não sou eles, eu estou eles.
Quando o ego ama a essência
ele se transforma em amor. O problema é reprimir os sentimentos para não tê-los.
Não adianta de forma alguma me deixar declinar sem ao menos demonstrar uma
verdade como consequência. O meu juiz, sou eu mesma. Posso fazer tudo o que eu
desejar: pular de paraquedas, nadar em alto mar, ficar em locais fechados,
respirar o mesmo ar bactericida e venenoso dos hipócritas; eu posso fazer tudo
isso, desde que eu tire proveito de qualquer experiência que eu tenha.
E o regresso dessa nova cor
só me fez enxergar aquilo que eu estava sempre procurando, e estava dentro de
mim. Os males existem, porque alguns deles eu criei e outros, eu resolvi
acreditar. E tudo isso era porque eu estava aprisionada dentro de mim,
pensando e sentindo com minhas feridas, de acordo com estado momentâneo, que não valia a pena querer o que eu
quero. O que eu quero ainda não tem nome, mas eu sinto que se seguir com essa
nova cor em meu coração eu chegarei mais depressa.
Os meus passos agora seguem
às regras da dança, iluminados positivamente de acordo com esse regresso tão
primoroso. O mundo pode cair, a tempestade pode durar dias, os choros podem ser
os mais tristes, mas agora, eu preciso continuar, há muito o que andar ainda.
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